Em mais um 1º de novembro, data em que a Baía de Todos-os-Santos foi descoberta, a equipe do Turismo & Lazer navegou nesse mar, mergulhou em suas profundezas, visitou praia desconhecida

domingo, 2 de novembro de 2014

O ano era 1501 quando as primeiras embarcações colonizadoras navegaram por águas amplas, límpidas e calmas. Hoje, 513 anos depois, elas resistem com ecossistema singular e guardam naufrágios que remontam à chegada dos portugueses. O "grande mar" Tupinambá, tradução de "kirimurê", batismo dado pelo povo indígena, abrange 1.233 km de extensão e mais de 50 ilhas. É a maior baía do país e a segunda maior do mundo, atrás apenas do Golfo de Bengala.

Já foi reduto de artistas da MPB, conversou com marinheiro, pescadores e pesquisadores. As ilhas revelam igrejas, como a de Itaparica, fundadora da matriz religiosa católica no Brasil, ou a Igreja de Nossa Senhora de Loreto, símbolo da atuação dos jesuítas, responsáveis pelo processo de catequização indígena. “Tivemos sorte. Se os portugueses atrasassem um dia, ela se chamaria Baía de Finados", brinca o 

Baía de Todos-os-Santos é declarada como sede da 'Amazônia Azul' no país
Assim ele explica a origem do nome dado pelos europeus. "A tradição era batizar as grandes descobertas com o nome do santo do dia ou do acontecimento religioso daquela data, e 1º de novembro é Dia de Todos os Santos". Ainda como "kirimurê", a grande baía era utilizada para funções de subsistências como a pesca e a caça de baleias para a extração do óleo, valioso e utilizado em construções da época. Hoje ela é fonte de exploração de petróleo e um dos mais importantes roteiros turísticos do país.
É sobre a área da baía que será erguida a ponte Salvador-Ilha de Itaparica, ligando a capital às regiões do Recôncavo Sul e o Baixo Sul. De acordo com o governo, a estrutura terá 12,2 km de extensão e ficará na 23ª posição no mundo entre pontes sobre mar, rio ou baía, sendo ainda a segunda maior da América Latina. O edital de licitação deve ser lançado até o fim de 2014.