Uma viajem para o SANTUÁRIO DO CARAÇA EM MINAS GERAIS: PAZ, NATUREZA E LOBO-GUARÁ

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Santuário do Caraça VII Santuário do Caraça em Minas Gerais: paz, natureza e lobo guará
Não tem sinal de celular. Muito menos wifi. Não tem TV no quarto, nem telefone.
Mas, ao abrir a janela, você ouve o canto de pássaros – tantos, que você mal sabe para que lado olhar. Você enche os pulmões com ar puro, e os olhos com a paisagem. Você lava a alma na água gelada do rio e da cachoeira, esvazia a cabeça de preocupações, enche o coração de paz e a barriga de comida caseira.

Você joga conversa fora, vê o tempo passar, contempla as flores e pode até rezar. Se tiver sorte, você pode ver de perto, bem de pertinho, um lobo-guará. Mas, se não conseguir, não tem problema. Todo o resto vale a pena, e você volta pra casa tentando lembrar por que é mesmo que a gente vive correndo, tão estressado que esquece de contemplar e agradecer a vida.

Este lugar mágico e ao mesmo tempo tão simples é o Santuário do Caraça – uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) que fica nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, em Minas Gerais, a cerca de duas horas de carro de Belo Horizonte.
O parque está em uma área de transição da mata atlântica para o cerrado – o que dá uma bela e interessante mistura de vegetação. A fauna local é igualmente rica: são mais de 200 espécies de aves, segundo a Wikipedia, e 65 espécies de mamíferos, entre elas saguis, quatis, suçuaranas, antas, pacas, tamanduá-mirim e o famoso lobo-guará, “mascote” da reserva, espécie típica do cerrado e ameaçada de extinção.

Os 11.233 hectares ficam sob a proteção dos padres lazaristas da Congregação da Missão, que também cuidam da igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens (do século XVIII, localizada na parte mais alta da reserva) e administram o museu e a pousada, instalada no prédio do antigo seminário. Como convém a um local religioso, o ambiente não tem luxos. Mas, em um lugar onde o mais legal é ficar fora do quarto, isso não é nenhum problema.